ORCHIDACEAE

Baptistonia cornigera (Lindl.) Chiron & V.P.Castro

Como citar:

Danielli Cristina Kutschenko; Tainan Messina. 2012. Baptistonia cornigera (ORCHIDACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

510.794,568 Km2

AOO:

140,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

​A espécie não é endêmica do Brasil, ocorrendo também no Paraguai e Argentina. No Brasil, ocorre nos estado de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Chiron, 2009; Barros et al., 2012).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Danielli Cristina Kutschenko
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

?<i>Baptistonia cornigera </i>é uma espécie ocorrente em ambientes de MataAtlântica nos estados do Sudeste e Sul do Brasil.Possui uma extensão de ocorrência de 453.424km². Apesar de a espécie ocorrer em áreas de grandeinterferência antrópica, está bem representada em Áreas Protegidas nos estadosonde ocorre, habita diferentes tipos vegetacionais e apresenta uma distribuiçãoampla. Desta forma, <i>Baptistonia cornigera</i><i> </i>é uma espécie Menos preocupante (LC). Porém, maiores estudos populacionais e deexploração poderão futuramente levá-la a uma nova avaliação.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: ​Florestas Ombrófilas Densas baixo-montana a montana (Chivron, 2009), Florestas Ombrófilas Mistas (Barros, Rodrigues ; Batista, 2009).
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland, 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: ​Planta herbácea, epífita, ocorrendo em Florestas Ombrófilas Densas baixo-montana a montana (Chivron, 2009), Florestas Ombrófilas Mistas (Barros, Rodrigues ; Batista, 2009).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A Floresta Ombrófila Mista (Floresta de Araucária), floresta típica da região sul do Brasil , apresentava uma área de distribuição original situada entre 200.000 a 250.000 km². Abrigando componentes arbóreos de elevado valor comercial, como a Araucaria angustifolia (pinheiro) e a Ocotea porosa (imbuia), esta floresta foi alvo de intenso processo de exploração predatório. Atualmente os remanescentes florestais não perfazem mais do que 1% da área original, e muitas espécie de ocorrência neste Domínio Fitogeográfico estão relacionadas na lista oficial de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção (Medeiros, Savi; Brito, 2005). A Floresta Ombrófila Mista teve significativa importância no histórico de ocupação da região sul, não somente pela extensão territorial que ocupava, mas principalmente pelo valor econômico que representou durante quase um século (Klein, 1985). No entanto, a intensidade da exploração madeireira, desmatamentos e queimadas, substituição da vegetação por pastagens, agricultura, reflorestamentos homogêneos com espécies exóticas e a ampliação das zonas urbanas no sul do Brasil, iniciados nos primeiros anos do século XX, provocaram uma dramática redução da área das florestas originais na região (Medeiros, Savi; Brito, 2005). Hoje , estima - se que os remanescentes de Floresta Ombrófila Mista, nos estágios primários ou mesmo avançados, não perfazem mais de 0,7% da área original (MMA, 2002), o que a coloca entre as tipologias mais ameaçadas do bioma Mata Atlântica. As indicações mais otimistas registram entre 1 a 2% de áreas originais cobertas pela floresta com araucária nos três Estados do Sul (Koch; Corrêa, 2002). Em Santa Catarina restam apenas alguns relictos remanescentes com uma área de aproximadamente 2% da original, que perfazem 4.000 km², distribuídos em fragmentos dispersos (Medeiros, 2000). No Paraná os estudos realizados pelo PROBIO Araucária (FUPEF, 2001), indicam a ocorrência de apenas 0,8% de Floresta Ombrófila Mista em estágio avançado, sendo que a distribuição espacial desses remanescentes apresenta- se dispersa em fragmentos pequenos e médios, não superior a 5.000 ha. Outro aspecto que ressalta a criticidade da Floresta Ombrófila Mista é a carência de espaços legalmente protegidos, sob a forma de unidades de conservação, na sua área de ocorrência original. Face ao intenso processo de degradação florestal observado, a implantação de unidades de conservação de proteção integral se insurge como estratégia inadiável.

Ações de conservação (1):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
​A espécie foi considerada Vulnerável (VU) na avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do estado do Espirito Santo (Simonelli ; Fraga, 2007).